quarta-feira, dezembro 14, 2011

Comercial Discovery Channel


A história da água engarrafada

Discentes: Layara Malvestio
Fernanda M. Beneduzi
Sabrina M. Tristão

LIMITES DE CAPACIDADE DE SUPORTE DO PLANETA

    Os limites de capacidade de suporte do planeta são aqueles necessários para o sistema se auto-renovar ou absorver as perdas, mas não apresenta limites estabelecidos e varia de acordo com a localização e o tempo.

    Devido a grande quantidade de variáveis é difícil estabelecer um critério de definição, podendo ser utilizada a distinção ente recursos renováveis e não renováveis, assim como o impacto ambiental, e a distribuição geográfica desses recursos. Segundo a UNESCO, ” Capacidade de suporte expressa o nível de população que pode ser suportado por um país em um dado nível de bem-estar. Mais precisamente pode ser definido como o número de pessoas compartilhando um dado território que podem, para o futuro visível, sustentar um dado padrão físico de vida, utilizando energia de outros recursos (incluindo terra, ar, água e minerais) bem como o espírito de iniciativa, competências e organizações. (...) É um conceito dinâmico que pode ser estendido ou restringido em várias maneiras: por mudanças em valores culturais, descobertas tecnológicas, melhorias no manejo agrícola ou sistemas de distribuição de terra, mudanças em sistemas educacionais, modificações de arranjos fiscais e legais, descobertas de novas fontes de minerais ou a emergência de uma nova vontade política. Nunca existe só uma solução para a equação população/recursos naturais, porquê não é a população em isolação que determina a pressão sobre recursos (e os efeitos ecológicos potencialmente associados) mas também consumo individual que por sua vez é determinado por sistemas de valores e percepções de estilos de vida.”(UNESCO, 1984 apud Hogan)

    É necessário avaliar se o meio ambiente suporta os impactos gerados pelas atividades humanas, incluindo as que possuem uma base renovável. Como os recursos se distribuem de forma desigual, para pensar a questão dos limites é preciso pensar nas condições locais.

    O crescimento populacional está diretamente ligado com a capacidade do planeta, pois a ele se deve o crescente consumo e a má utilização dos recursos e o aumento na demanda por alimentos, forçando assim a capacidade de suporte do planeta. A pressão demográfica já foi responsabilizada por todos os males do mundo moderno: desertificação, fome, esgotamento de recursos, degradação ambiental, etc. (Hogan, 1991, apud Brown et al., 1976). Mas para alguns autores, como Hogan (1991), esta problemática não é tão simples, e nem sempre o controle populacional é a única saída para os problemas ambientais, mas deve-se avaliar questões como migração, políticas públicas, ocupação do solo e distribuição de terras. Hogan cita o trabalho de Durhan (1979), que analisou um conflito em El Salvador e Honduras, onde o empobrecimento dos solos e a escassez de terras estavam inicialmente relacionadas à pressão demográfica, e constatou que na realidade, o fator chave deste conflito foi a substituição de uma agricultura de subsistência (milho e feijão) por uma agricultura de exportação (café e algodão) e a concentração de terras.

    A capacidade de suporte do planeta pode ser aumentada por meio de tecnologia mas, normalmente, isto acarreta a redução da diversidade biológica ou de serviços ecológicos.

    Como não está havendo um equilíbrio entre o nível de exploração dos recursos e a capacidade de suporte da Terra, observa-se uma crescente escassez de recursos naturais, que já não atendem por completo às necessidades humanas.

    Os grupos humanos constroem suas necessidades de modo diferenciado. Novas necessidades são criadas por meio do avanço do conhecimento e da tecnologia. O nível de consumo das pessoas é definido por uma série de variáveis como, por exemplo, a renda social e o local em que elas vivem. Dessa forma, não é possível generalizar o padrão de consumo para toda a população de um país. Vê-se hoje, s difusão acelerada do consumismo, o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. Deve-se lembrar que necessidade humana é tudo aquilo essencial para a sobrevivência do homem e sua plena realização pessoal, incluindo desde as necessidades fisiológicas às necessidades relacionadas com a vida em sociedade como status, por exemplo. Muitas vezes observa-se uma ligação entre consumismo e necessidades humanas. Entretanto, é possível satisfazer as necessidades humanas de forma consciente e controlada, ou seja, não consumista. Traçar o que é realmente necessário é uma tarefa complexa, tendo em vista que a sociedade moderna cria, cada vez mais, novas necessidades, que vão se alterando de acordo com o tempo e espaço.

    O desenvolvimento econômico nas formas capitalistas não condiz com o desenvolvimento sustentável, o seu processo se deu sem levar em conta a durabilidade dos recursos utilizados, sendo eles finitos, portanto sem considerar a capacidade de suporte do planeta que hoje se é analisada.

    Daly argumenta que no início da fase capitalista a “escala” de exploração dos recursos naturais era pequena o suficiente para que se pudesse considerá-los ilimitados. Mas hoje a situação é muito diferente pois o ser humano vem utilizando a natureza em uma “escala” muito maior, o que tem provocado os desequilíbrios ambientais globais atuais, como a diminuição da camada de ozônio, o efeito estufa, a poluição acima de parâmetros aceitáveis, a grande produção de resíduos sólidos, líquidos e gasosos que são decorrentes das opções tecnológicas atuais, etc. (Daly apud Denardin e Sulzbach) A noção de sustentabilidade implica uma necessária inter-relação entre justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a necessidade de desenvolvimento com capacidade de suporte.

Referências Bibliográficas:

Hogan, D. J. 1991. Crescimento demográfico e meio ambiente. Revista Brasileira de Estudos Populacionais,n. 8.

Denardin, V. F. e Sulzbach, M. T. Capital Natural na Perspectiva da Economia.





Educação Ambiental e Eu

      Educação Ambiental, para mim, é um processo de formação pessoal no qual o indivíduo compreende os processos naturais que acontecem no planeta, bem como as relações entre os seres vivos e o meio no qual vivem, se percebendo como um destes seres vivos. A educação ambiental nos leva a refletir sobre como está sendo a nossa postura perante o planeta, nos levando a escolher modos de vida e atitudes menos lesivas ao meio e à grande teia planetária, da qual somos parte. Trabalhar com Educação Ambiental é de extrema importância, principalmente nos tempos em que vivemos, de tantos abusos contra a natureza e sua capacidade de suporte, para propagarmos idéias e práticas de respeito à natureza, fazendo-a valer por seu valor intrínseco. Me identifico bastante com a proposta da EA. Trabalho principalmente com crianças, e me é fonte de imensa alegria presenciar o contato delas com mata, cachoeira, macacos, cotias, e perceber seu encantamento natural, que neste momento também se faz meu, pela natureza e pelas crianças.


                              Fernanda Meneguzzo Beneduzi